Clínica Integrada Godoy

Influência da Alimentação na Saúde Mental

Percebe-se que o estilo de vida moderno, têm contribuído para o aumento significativo de casos de ansiedade, depressão e outros transtornos mentais na população. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) cerca de 450 milhões de pessoas tem algum tipo de transtorno mental. Os transtornos mentais podem ser alterações de humor associadas a uma angústia expressiva, produzindo alterações no desempenho físico e mental nos âmbitos pessoal, social, ocupacional e familiar. Os determinantes da saúde mental são multifatoriais e complexos, e seu tratamento deve, igualmente, abranger todos os aspectos que contribuem para seu aparecimento (biológicos, psicológicos e sociais). A alimentação é um destes determinantes. Cada vez mais se evidencia a relação entre deficiências nutricionais e desordens mentais. Nesse sentido o tratamento nutricional propicia uma melhora global na saúde do indivíduo, e deve ser complementar a outras terapias. O padrão alimentar desempenha um papel importante no tratamento e prevenção de distúrbios cerebrais. Pesquisas recentes mostram que uma alimentação saudável, rica em verduras, frutas, peixes e carnes magras, reduz o risco de depressão. Isso ocorre porque este tipo de dieta irá fornecer ao cérebro os nutrientes necessários para que todos os processos químicos ocorram de forma adequada, garantindo à manutenção da saúde mental.Diversos nutrientes estão relacionados com manejo de desordens mentais. Seguem abaixo alguns exemplos:

Triptofano: É precursor da serotonina e melatonina. O primeiro é o neurotransmissor responsável por causar prazer e bem-estar, melhorando os sintomas da depressão. Já o segundo é um hormônio que ajuda a regular o sono (dormir bem é importantíssimo para o cérebro!). Fontes alimentares: banana, carnes magras, peixes, iogurte natural, queijo branco, nozes, feijões e ovos.

Vitaminas do complexo B: São essenciais para a produção de neurotransmissores do Sistema Nervoso Central, e necessárias para a conversão do triptofano em serotonina. A vitamina B12 em particular previne a demência e melhora o estado cognitivo. A ingestão insuficiente dessas vitaminas é um fator de risco para a depressão. Fontes alimentares: grãos, laticínios, carnes, frutas, castanhas, leguminosas.

Ômega 3: Tem ação anti-inflamatória e participa da formação e proteção de neurônios. A deficiência desse nutriente está associada ao risco aumentado de diversos distúrbios mentais, como dislexia, demência, depressão, transtorno bipolar e esquizofrenia. Fontes alimentares: peixes (sardinha, atum, salmão, arenque, cavala), linhaça e chia.

Vitamina D: A deficiência dessa vitamina pode estar relacionada à esquizofrenia, depressão e doenças mentais crônicas. Fontes: É produzida na pele através da exposição ao sol e também pode ser adquirida através da ingestão de peixes (salmão, atum, sardinha e cavala), gema de ovo, óleo de fígado de bacalhau e suplementos.

Magnésio: Participa do metabolismo da serotonina, ajuda no combate da depressão e melhora a regulação e qualidade do sono. Fontes alimentares: aveia, arroz integral,  banana, abacate, beterraba, amêndoas e outros.

Zinco: Aumenta o tempo de vida e a saúde das células do Sistema Nervoso Central, ajuda a prevenção de depressão e ansiedade. Fontes alimentares:semente de abóbora, castanhas, amendoim, amêndoas, carne vermelha, leites e derivados.

Diante dessas informações, é evidente a importância de incluir esses nutrientes na rotina alimentar, com o objetivo de prevenir e auxiliar no tratamento de doenças mentais. Eles podem ser incluídos na forma de alimentos, e para alguns casos pode ser interessante a suplementação, mas a necessidade deve ser avaliada por nutricionista. Vale lembrar que nenhum alimento tem poderes mágicos, mas uma alimentação saudável e equilibrada irá trazer benefícios para o corpo e mente.

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